O chupinazo, ou txupinazo em basco, é o lançamento do foguete que dá início aos festejos à São Firmino em Pamplona, Navarra. Ao meio dia em ponto de 6 de julho é lançado este foguete da janela do Palácio Consistorial, a sedo do ayuntamiento (município).
Por tradição, o foguete era lançado por alguém da escolha do alcaide (o prefeito), porém, desde 1979 se costuma iniciar pelo prefeito e ir passando de mão em mão entre os membros do governo e diferentes partidos organizados de acordo com a representatividade da sigla.
A multidão já desde a manhã se aglomera nas praças da cidade para aguardar o Chupinazo. São crianças, adultos e idosos reunidos com apreensão pelo início dos festejos a San Fermín que observam os imensos telões instalados para observar o movimento da Praça Consistorial.
Vinho e sangria esquentam os ânimos na espera e por todo o período de festas. Ah… e não é só para beber não. O costume é banhar quem estiver perto com vinho e sangria, tanto que as camisetas brancas logo ficam rosadas.
Quando o foguete é aceso, a multidão já eufórica grita:
¡Pamplonenses!
¡Viva San Fermín!
¡Gora San Fermín!
Aplausos e gritos eclodem pelas ruas e casas em frenesí. Neste momento o lenço vermelho, símbolo marcante da festa, é retirado do bolso e posto no pescoço e ali permanece até o fim das festas.
Além do chupinazo, grande momento inicial, as Festas de San Fermín contemplam outros eventos igualmente importantes, como a procissão com saída da Igreja de São Lourenço acompanhada por membros do governo e os tradicionais Gigantones – grandes bonecos cabeçudos como os bonecos de Olinda daqui do Brasil). Touradas acontecem todas as tardes entre 7 e 14 de julho e antes das touradas, o Encierros, talvez a mais icônica e polêmica cena com touros soltos na rua e foliões correndo dos seus chifres pontiagudos.
O Chupinazo ocorre desde 1941, diferente das versões de séculos passados onde ocorria somente um desfile das autoridades à Igreja de São Lourenço celebrando as Vísperas (vésperas). No início do século XX a tradição dos foguetes começou timidamente, em 1901 até que o hábito fosse incorporado oficialmente à tradição em 1940 sendo proposto pelo tenente do alcaide (vice-presidente municipal), Joaquín Ilundáin e o jornalista José María Pérez Salazar que fosse o início oficial a ser realizado da sacada do Palácio Consistorial. Então, em 1941, o primeiro chupinazo oficial aconteceu.