A literatura é capaz de fazer você mergulhar na cultura de um povo e/ou de uma época sua. O sentimento de cada povo é retratado por grandes nomes da literatura e eles, mas que tudo, são guias por um campo de imaginação que mistura a realidade e a ficção da sua pátria e seu momento.
Criamos aqui uma lista com 8 grandes nomes da literatura em espanhol para você sentir e vivenciar a vida, dilemas, tristezas, alegrias e aventuras dos seus personagens hispanofalantes.
Dom Quixote de la Macha
Miguel de Cervantes
A história do engenhoso fidalgo Dom Quixote e de seu fiel escudeiro Sancho Pança conquista leitores geração após geração. O clássico de Miguel de Cervantes é considerado o expoente máximo da literatura espanhola e, em 2002, foi eleito por uma comissão de escritores de 54 países o melhor livro de ficção de todos os tempos. Em homenagem aos 400 anos de morte de Miguel de Cervantes, a Nova Fronteira traz ao público esta edição especial, com a obra integral em dois volumes. O texto de Cervantes é acompanhado das belíssimas ilustrações do francês Gustave Doré, um dos mais fantásticos artistas do século XIX.
Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada
Pablo Neruda
“Posso escrever os versos mais tristes esta noite. / Eu a quis, e às vezes ela também me queria…” Publicado originalmente em 1924, “Vinte poemas de amor e uma canção desesperada” é até hoje um dos títulos mais vendidos de poesia em língua espanhola. Foi o segundo livro lançado pelo jovem Pablo Neruda (1904-1973) e já se vê aqui os principais temas que marcariam toda a obra literária do autor: o espanto do ser humano diante da experiência amorosa, o louvor à mulher amada e a celebração das paisagens chilenas.
A Casa dos Espíritos
Isabel Allende
O livro “A Casa dos Espíritos”, primeiro romance de Isabel Allende, tem novo projeto gráfico nesta 30ª edição comemorativa de 20 anos de sucesso editorial. Considerado pela crítica como um clássico da literatura latinoamericana, o romance conta a saga da turbulenta e numerosa família Trueba, cujo patriarca é o latifundiário e senador Esteban Trueba. O romance, que tem sua narrativa caracterizada por uma notável lucidez histórica e social, oferece um painel contundente da história chilena, entre 1905 e 1975. Combinando magia e realidade, Isabel Allende confere à obra sua personalíssima visão do realismo fantástico, inserindo “A Casa dos Espíritos” na respeitável galeria dos grandes romances da literatura latino-americana. A obra transformou-se num divisor de águas na literatura hispânica, pois, até a publicação do livro, em 1982, nenhuma escritora havia conquistado tamanho sucesso editorial.
Cem Anos de Solidão
Gabriel García Márquez
O livro mais importante de Gabriel Garcia Márquez. Neste que é um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.
Bodas de Sangue
Federico García Lorca
Representante simbólico não apenas de sua geração poética mas da Espanha de seu tempo Federico García Lorca nasceu no povoado de Fuentes Vaqueros em 1898 e morreu fuzilado pelas milícias franquistas em 1936 quando da eclosão da Guerra Civil Espanhola. Yerma La casa de Bernarda Alba e Bodas de sangue são as obras que compõem a chamada trilogia rural do teatro lorquiano. São três histórias distintas que giram porém em torno do mesmo tema: a liberdade erótico-amorosa perseguida e reprimida por um código de honra vigente. Tomada de uma história real veiculada por uma reportagem jornalística Bodas de sangue teve inúmeras montagens internacionais e foi transposta para o cinema por um dos mais importantes cineastas espanhóis Carlos Saura.
As Idades de Lulu
Almudena Grandes
Edição definitiva do clássico da literaturaerótica mundial. Lulu, uma jovem de 15 anos, é seduzida por Pablo, amigo de seu irmão mais velho, que sempre nutriu por ela um fascínio secreto. Após uma primeira experiência, Lulu aceita o desafio de prolongar indefinidamente, em seu relacionamento, a iniciaçãosexual através de peculiares preliminares e submissão. Mas o encanto de viver em um mundo tão ilusório, de repente, se quebra, quando Lulu, aos 30 anos, adentra, desamparada e febrilmente, o inferno dos desejosproibidos. Apontado por toda uma geração de leitores como uma crônica sentimental e passional do seu tempo, As Idades de Lulu revelou ao mundo o talento de Almudena Grandes. Nesta, que é a edição definitiva da obra, o texto foi inteiramente revisto pela autora, que também acrescenta um prólogo no qual recorda sua importância para a literaturaespanholacontemporânea.
O País Sob Minha Pele
Gioconta Belli
No livro, Gioconda relembra sua criação em uma família rica. Revela como mergulhou na guerrilha sandinista, que derrubou a ditadura de Anastácio Somoza, e rememora a reconstrução do país após a vitória das tropas revolucionárias. Um documento histórico de valor incontestável, escrito por uma das maiores autoras de língua espanhola da atualidade. Publicada simultaneamente em espanhol, holandês, alemão e italiano, O País Sob Minha Pele – Memórias De Amor E Guerra não é uma novela, é uma memória. Nela, Gioconda revela aos leitores como sua própria vida se assemelha a um roteiro cinematográfico: a juventude metida em conspirações, a convicção política, a paixão e posterior casamento com um jornalista norte-americano e a mudança para a Califórnia. Uma vida nada monótona que Gioconda Belli admite querer compartilhar com o mundo. “Queria dividir como mulher e como ser político esses tempos que vivi, pois me parece fazer falta que nos recordemos que existem imensas recompensas pessoais e alegrias no idealismo. ” Em seu livro, Gioconda Belli fala dos anos difíceis que vivenciou. Um período negro da história nicaraguense, onde viu morrer amigos queridos e o homem que amava. Viu a revolução, pela qual esteve disposta a dar tudo, se transformar em algo muito diferente, perdendo a pureza e a nobreza que a tornava tão sedutora. Uma época considerada pela autora como anos de generosidade e heroísmo extraordinário.
Os Detetives Servagens
Roberto Bolaño
Os protagonistas de Os detetives selvagens são Arturo Belano e Ulises Lima, dois poetas “marginais”, mas em poucos trechos do livro são eles que conduzem a ação. O leitor sabe deles quase sempre através do olhar de outros personagens, numa investigação típica de romance policial. Por sua vez, Belano e Lima também estão numa busca detetivesca, atrás dos rastros de uma misteriosa poeta vanguardista que desapareceu no deserto de Sonora, no norte do México. Na primeira parte, escrita em forma de diário, acompanhamos as andanças dos dois e seu grupo de poetas adeptos do “realismo visceral” em muitas conversas de bar, discussões intelectuais, encontros e desencontros sexuais, puxadas de fumo, num clima típico dos jovens daquela década. A segunda parte é composta por dezenas de “depoimentos” que reconstituem a trajetória de Arturo Belano e Ulises Lima durante os vinte anos que sucedem o diário. Cabe ao leitor-detetive fazer esta reconstituição, a partir dos fiapos que vai colhendo dos “depoentes”, alguns dos quais contam longas histórias (sempre muito interessantes) que pouco ou nada têm a ver diretamente com os dois enigmáticos protagonistas.