Dezenove anos se passaram para que a exposição que prometia trazer Sevilla de fato ao século XX acontecesse . A ideia nascida em 1909 visava uma reforma urbanística, fomentar o turismo, ressucitar a fama da cidade, diminuir o desemprego da época e melhorar a economia. Talvez um dos mais nobres motivos da Exposição Iberoamericana de Sevilla fosse 0 de melhorar as relações com os países das Américas, dos quais muitos foram colônias da Espanha por séculos.
A exposição iniciou-se em 9 de maio de 1929 e acabou em 21 de junho de 1930, preomovendo exibições de países ibero-americanos em diversos espaços chamados de “Pabellón”, pavilhão em português. Também haviam exibições das regiões espanholas e das províncias da Andaluzia.
Entre os participantes estrangeiros que se destacaram estavam Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Estados Unidos, Marrocos, México, Peru, Portugal e Uruguai. Bolívia, Panamá, El Salvador, Costa Rica e Equador apresentaram produtos nativos nas Galerias Comerciais Americanas. Conheça os pavilhões abaixo.
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Pabellón de Perú
O maior dos pavilhões. Abrigava uma exposição arqueológica com artefatos pré-colombianos. Também havia uma mostra de agricultura com representações de animais nativos como vicunas, alpacas, lhamas e guanacos. Já no pátio do pavilhão haviam lhamas vivas que pastavam livremente. Hoje o prédio é utilizado pelo Conselho Superior de Investigações Científicas.
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Pabellón de Colombia
O pavilhão continha esculturas do artista Rómulo Rozo e esmeraldas colombianas. Também havia uma mostra sobre o café da Colômbia onde retratava todas as etapas do cultivo. Atualmente o prédio é utilizado pela Escola Naútica.
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Pabellón de Brasil
Continha uma exposição de cultivo de café, com panoramas e modelos que ilustravam as diferentes fases do cultivo. Também continha uma cafeteria. O prédio é agora ocupado pelo vicerreitorado da Universidad Hispalense.
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Pabellón de Chile
Seu espaço dava lugar a exposições das indústrias chilenas, incluindo réplicas detalhadas de minas de nitrato e cobre, artes e utensílios dos índios Mapuches, e galerias exibindo a arte e a história chilena. Hoje ocupa o prédio as Escolas de Artes Aplicadas e Ofícios Artísticos.
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Pabellón de México
O pavilhão abrigava exposições de arqueologia, educação e histórico espanhol no México. Os alunos das escolas mexicanas haviam preparado algumas das exposições sobre educação. Abriga hoje o prédio a vicerreitoria de Pós-graduação e Douturado da Universidad Hispalense.
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Pabellón de Argentina
O pavilhão argentino contava com uma sala de cinema e exposições com foco na indústria e produtos argentinos. Hoje o pavilhão é uma escola de dança.
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Pabellón de Uruguay
Continha exposições de suas escolas industriais, incluindo o Instituto de Agronomia e uma galeria de arte repleta de pinturas e esculturas de bronze. Atualmente concentra o setor administrativo da Universidad de Sevilla.
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Pabellón de Cuba
Ali foram apresentadas a indústria do cultivo do açúcar e tabaco. Hoje é o prédio é utilizado pela Agência Andaluza de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional.
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Números da Exposição
Tudo na Exposição Ibero-americana de Sevilla foi grandioso. Começando pela área ocupada pelo evento: 1.343.200 m²! Esta incrível área, equivalente à 124 campos de futebol, teve seu projeto elaborado em 19 anos – também devido ao contexto econômico e histório da época.
As obras tiveram o custo de 80.218.599 pesetas. Porém o faturamento com os ingressos foi “pouco” superior, ficando em 85.147.360 pesetas.
Somente na Plaza de España chegaram a trabalhar 1000 homens ao mesmo tempo.
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Plaza de España
Das construções herdadas deste evento histórico, nenhuma é tão monumental quanto a Plaza de España e seu prédio em forma de arco. Nas paredes da praça encontra-se uma série de bancos que delimitam o espaço das cinquenta províncias espanholas. Em cada alcova há o escudo e alguns feitos históricos da próvíncia. Hoje o prédio abriga os departamentos centrais do governo de Sevilla.
Veja algumas fotos da Plaza de España: