A empresa de recrutamento Michael Page fez uma pesquisa pra avaliar o castelhano de profissionais de várias áreas e tiveram uma surpresa, no mal sentido. Com um resultado nada bom, apontando que 57% dos executivos da diretoria não falam nada de espanhol. Entre os coordenadores, somente 34% possuem algo relevante do idioma, entre os níveis intermediário e fluente.
“Muitos brasileiros acham que sabem falar espanhol sem nunca ter se dedicado a aprender o idioma. E, na primeira viagem ao país vizinho ou para a Espanha, sobram pérolas como “Um sorbiete, por favor” e “Quiero pagar com cartón de crédito”. – Veja
Importância Global
Sob o ponto de vista corporativo, o idioma espanhol é estratégico tanto para multinacionais brasileiras como para as que pretendem expandir para ganhar mercado na América Latina. Olhando mais longe, o idioma segue forte tendência de extrapolar as fronteiras do Mercosul. “Com o crescimento da população latina nos Estados Unidos, uma locomotiva mundial, o idioma está a caminho de se tornar um dos mais importantes do mundo”, diz Sérgio Averbach, presidente da consultoria Korn/Ferry, especializada na formação de líderes.
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Vantagens no bolso
O idioma estrangeiro é considerado um diferencial, pois ainda não é exigido, no seu currículo. “Nos cargos gerenciais, quem fala um segundo idioma ganha em torno de 15% mais do que o colega que não fala outra língua”, diz João Nunes, da Michael Page.
Quem deve correr para a sala de aula
Para profissionais de áreas técnicas (manufatura, pesquisa e desenvolvimento), o espanhol é mais que uma vantagem neste mercado concorrido: ele pode ser o impulso para a sua carreira. Líderes de empresas com filiais na América Latina também podem desenvolver a liderança com humildade quando falam com colaboradores de outros países em sua língua nativa.
Espanha x América Latina
Cada país possui suas peculiaridades linguísticas, mas isto não é desesperador, pois existe apenas cerca de 2% de diferença entre o castelhano e o espanhol falado nos demais países. A estrutura gramatical é a mesma, e quanto mais formal for a comunicação, menor é a diferença.
Terça e Quinta ou Sábado?
Duas aulas por semana de cerca de três horas é o ideal. Porém, para aqueles não tem esta disponibilidade de tempo, apenas uma aula por semana ou mais aulas de menor duração. Contudo as atividades não poderão estar somente atreladas à presença na sala de aula, sendo necessária uma imersão maior de leitura e audição no decorrer da semana.
Dicionário na mala
Um intercâmbio ou curso de menor duração no exterior acelera o processo de aprendizado pela imersão total na cultura e língua local. A dica dada é que se tenha ao menos o nível intermediário para aproveitar bem a experiência. Esta troca cultural é muito mais que somente linguística, mas também pode, com um tempo maior de permanência, dar boas lições sobre os costumes e modo de ver a vida daquele país ou região. Um exemplo que consta na Veja é de um executivo que liderou uma equipe na América Central e, após algum tempo, descobriu que seu espanhol era péssimo e que a ausência de críticas dos seus funcionários não era aprovação, já que eles não o compreendiam com facilidade, mas sim um costume daquele país de nunca criticar um superior. Um grande aprendizado.
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Nada de parar pelo meio do caminho
Conforme o Quadro Europeu Comum e Referência para as Línguas, o qual define o grau de fluência em idiomas da Europa, para alcançar o nível avançado, são necessárias entre 300 e 350 horas de curso. Seria algo em torno de 60 horas semestrais, o que daria cerca de 3 anos para falar sem dificuldades e com desenvoltura. Ainda, para fixar melhor, especialistas recomendam que sejam intercalados semestres com intensivo e extensivo.