Sabia que, na verdade, ele não é do Panamá?
¡Hola, amigos! ¿Cómo están?
Quando falamos de “moda verão” ou “moda praia” um dos primeiros acessórios que vem à nossa mente é o estiloso chapéu panamá.
Com certeza ele é um verdadeiro clássico do vestuário internacional, marcando presença em fotos históricas e contemporâneas, decorando as cabeças de chefes de Estado e artistas, sendo usado no litoral e nos centros urbanos.
Quando paramos para pensar mais a respeito, é muito curioso como algumas criações são capazes de se tornar atemporais, não é mesmo? Afinal, quem poderia imaginar na época de sua concepção que esta indumentária permaneceria tão influente até os dias atuais?
Conseguindo unir como poucos sofisticação e praticidade, o chapéu panamá possui uma história deveras rica e que explica em muitos aspectos a sua importância no mundo da moda. Quer saber mais? Então venha conosco porque o texto de hoje está imperdível!
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História e verdadeira origem
Pois é, se torna quase inevitável associarmos o chapéu panamá com o país da América Central de mesmo nome. Contudo, a origem deste acessório veio de um local mais ao sul: o Equador. Especificamente, os primeiros registros deste traje são de Jipijapa e Montecristi, cidades da província de Manabí.
De fato, apesar de existir no idioma espanhol a denominação “sombrero panamá”, percebe-se que “sombrero de paja toquilla” é muito mais falado. Além dele, o chapéu pode ser intitulado também como jipijapa ou montecristi, ambos alusões aos municípios equatorianos acima mencionados.
Segundo consta na história, as raízes ancestrais deste traje remontam à vestimenta indígena típica da região. Já em 1630, o indígena Domingo Choéz foi o primeiro a criar um chapéu no formato que se utilizava na Espanha, mas se valendo da fibra de palma tal qual o conhecemos atualmente.
Esta planta, por sua vez, acabou por receber o nome científico de “Carludovica palmata”, uma homenagem ao rei Carlos IV e à rainha Luisa, governantes da Espanha na época. Sua característica única de embelezar e ao mesmo tempo refrescar fez com que o sombrero de paja toquilla rapidamente se espalhasse pelo continente europeu ainda no século XVII.
O canal e o chapéu
Mas afinal, se ele foi criado no Equador, de onde vem o “panamá”? A resposta para isso se encontra em acontecimentos posteriores que decorreram da construção do canal do Panamá no início do século XX.
Coincidentemente, no final do século XIX, mesma época que se realizaram as primeiras tentativas no istmo do Panamá, um mercador espanhol radicado no Equador, Manuel Alfaro, enviou àquele país uma grande remessa de chapéus do tipo paja toquilla.
O sucesso do acessório foi praticamente imediato. Devido ao calor característico da região caribenha, este tipo de chapéu se tornou um aliado mais do que bem-vindo para trabalhadores e engenheiros que se dedicavam a tirar do papel o audacioso projeto de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico.
Ademais, o uso do chapéu por personalidades relevantes da época como o presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, durante sua visita ao Panamá não somente fez com que a popularidade do objeto aumentasse ainda mais como também colaborou para que sua imagem ficasse equivocadamente associada a terras panamenhas.
Patrimônio Imaterial
Tendo em mente sua importância histórica e cultural, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) laureou a tecelagem tradicional equatoriana do sombrero de paja toquilla como um patrimônio cultural imaterial da humanidade.
A decisão foi emitida em dezembro de 2012 e reconhece o trabalho inestimável desenvolvido por artesãos do Equador para a preservação bem como propagação desta relíquia ao redor do mundo.
De fato, o sombrero de paja toquilla é um orgulho nacional para os equatorianos. Por isso, não somente é possível encontrar monumentos emblemáticos ao objeto em Jipijapa e Montecristi como também se pode fazer uma visita ao Museu del Sombrero de Paja Toquilla em Cuenca e personalizar seu próprio chapéu! Localizada a quase 500 km da capital Quito, Cuenca também tem uma longa tradição na produção deste ilustre acessório, especialmente em escala industrial.
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Do casual ao formal
Um dos grandes trunfos do chapéu panamá é a sua versatilidade. Isto é, pode ser usado tanto em ambientes formais como um casamento ao ar livre quanto em lugares informais como nas ruas das cidades e à beira da praia ou até mesmo em alguns eventos esportivos como bem prova o aclamado torneio de tênis de Roland Garros na França.
De uma maneira geral, a estação mais propícia para usá-lo é no verão por conta da proteção com os raios solares e função refrescante. No entanto, nada impede que ele também seja um bom companheiro em outros períodos do ano.
Algumas sugestões de visuais que combinam perfeitamente com o sombrero de paja toquilla são:
- Looks casuais: calça jeans ou shorts com camisetas, vestidos e saias (principalmente estampadas)
- Looks formais: calças de alfaiataria, camisa de botão, terno e gravata
- Moda praia: trajes de banho como biquíni, maiô ou bermuda
- Sapatos: desde calçados sociais a chinelos e rasteirinhas
Calçada da fama
Além disso, quando pensamos no universo do entretenimento, é possível listar uma vasta quantidade de artistas que são adeptos a este adereço como Mick Jagger, Angelina Jolie, Jennifer Aniston, Antonio Banderas, nosso eterno Tom Jobim e inclusive seu neto, Daniel Jobim.
Se estiver com um olhar atento, perceberá que até mesmo nos filmes de Hollywood os chapéus panamá estão lá, brilhando e transmitindo um toque de glamour às cenas. Dois bons exemplos são Robert Redford quando interpretou o personagem-título de “O Grande Gatsby” na versão de 1974 ou o personagem Fredo Corleone (John Cazale) durante o segundo filme da franquia “O Poderoso Chefão” também do mesmo ano.
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Você poderia acreditar que algo tão simples como um chapéu tinha uma base histórico-cultural e uma influência tão forte? O que acha de adicionar aos seus looks de veraneio esta peça tão icônica? Independentemente do local, garantimos que o chapéu panamá/ sombrero de paja toquilla trará mais elegância ao seu guarda-roupa.
Esperamos que tenha gostado do texto de hoje. Nos vemos em um próximo post!
¡Saludos!
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