Frida Kahlo: vida e obra do ícone mexicano | Cultura Espanhola
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Frida Kahlo: vida e obra do ícone mexicano

¡Hola, mi gente! ¿Cómo están?

Frida Kahlo foi uma das artistas mais importantes do século XX e por isso dificilmente poderíamos abarcar em apenas um texto tudo que esta mulher representou para o México ou a América Latina de uma maneira geral.

Porém, se tivéssemos que escolher uma palavra para descrevê-la acreditamos que Kahlo pode ser vista seguramente como um ícone tanto mexicano quanto latino-americano, cujo legado ultrapassa o nosso continente e se consolida a cada dia que passa.

Aliás, sabia que até o final de abril deste ano você pode visitar a exposição imersiva da artista no Shopping Eldorado em São Paulo? Esta é uma oportunidade única para conhecer de perto a vida e obra de Kahlo bem como a influência que ela merecidamente desfruta no mundo das artes.

E para se ambientar neste clima, nós da Cultura Española preparamos para você uma apresentação muito especial sobre a pintora mexicana. Temos certeza de que depois disso você também terá vontade de conhecer mais sobre o trabalho desta artista tão singular!

 

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Desafios na infância e juventude

Nascida em 6 de julho de 1907 em Coyoacán na Cidade do México sob o nome de Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, ficou mundialmente conhecida apenas por Frida Kahlo.

Filha de Guillermo Kahlo (nascido Carl Wilhelm Kahlo), um fotógrafo e imigrante alemão naturalizado mexicano, e Matilde Calderón, uma mexicana com ascendência indígena, Frida ainda teve duas irmãs mais velhas, Matilde e Adriana, e outra mais nova, Cristina. Também teve um irmão mais velho, Guillermo, embora ele tenha falecido poucos dias após seu nascimento e mais três irmãs por parte de pai, Luisa, María e Margarita.

Frida Kahlo: vida e obra do ícone mexicano

Desafios na infância e juventude – Wikimedia Commons

Desde muito cedo, Frida teve que lidar com sérias adversidades em sua vida especialmente em relação à sua saúde. Segundo alguns pesquisadores, acredita-se que a artista tenha nascido com uma má-formação na coluna vertebral denominada “espinha bífida”, algo que posteriormente viria a dificultar o funcionamento pleno deste órgão.

Ademais, ainda quando criança foi diagnosticada com poliomielite, razão pela qual sua perna direita se tornou mais fina que a esquerda. Consequentemente, sua circulação sanguínea também ficou comprometida.

No entanto, o golpe derradeiro em sua saúde e que selaria sua vida para sempre aconteceu aos 18 anos. Voltando da escola para casa, Kahlo sofreu um grave acidente quando o ônibus onde estava colidiu com um bonde. Entre as diversas sequelas, Frida padeceu de uma fratura tripla na coluna, fratura nas costelas, perfurações no abdômen, entre outros ferimentos.

Para muitos, este poderia parecer o fim da jovem. Entretanto, foi a partir desta tragédia que Kahlo renasceria como a artista que conhecemos hoje.

 

Superação através da arte

Após meses em recuperação, Kahlo conseguiu sobreviver ao acidente, mas teve que permanecer acamada em diversas ocasiões.

Justamente por esta condição, ela passou a dedicar o seu tempo à pintura e com isso foi aos poucos descobrindo sua vocação e seu lugar no universo das artes. Enquanto permanecia de cama, Frida pintava as pessoas ao seu redor ou a ela mesma, inicialmente se baseando em outros estilos artísticos já conhecidos desde a forma clássica renascentista até abordagens mais inovadoras como os movimentos vanguardistas do cubismo e surrealismo.

Frida Kahlo: vida e obra do ícone mexicano

Quadro “O Ônibus” (1929) – Ambra75 via Wikimedia Commons

Apesar disto, à medida que se aperfeiçoava em sua arte ela também começou a adotar um estilo próprio, cujo foco estava na ressignificação de sua identidade bem como no resgate às suas raízes indígenas pelo lado materno. Assim, gradualmente foi incorporando ao seu trabalho elementos folclóricos tipicamente mexicanos, os quais também estavam presentes no seu modo de vida, especialmente no vestuário indígena tehuana que passou a adotar.

No que se refere aos temas de suas obras, a artista trazia uma forte ênfase autobiográfica, representando diferentes situações de sua vida desde o seu nascimento, até sua saúde e relacionamentos. Embora tenha sido classificada como seguidora do surrealismo, a própria Frida desconsiderava este rótulo, visto que encarava sua obra como sendo o resultado de sua própria realidade e não de seus sonhos.

 

Frida e Rivera

Definitivamente um dos marcos mais significativos da vida de Kahlo foi seu relacionamento com o também pintor Diego Rivera.

Os dois se conheceram quando Frida ainda frequentava a Escola Nacional Preparatória, mas foram apresentados propriamente em junho de 1928. O relacionamento entre os dois foi evoluindo progressivamente até que finalmente se casaram em agosto de 1929.

Frida Kahlo: vida e obra do ícone mexicano

Frida e Rivera – Ines Suarez R. via Wikimedia Commons

Apesar da parceria profissional e romântica, o relacionamento entre Frida e Rivera foi turbulento e cheio de idas e vindas acrescido de rotineiros episódios de traição. Um dos incidentes mais escandalosos foi de Rivera com a própria irmã de Frida, Cristina. A artista, por sua vez, também teve um caso extraconjugal famoso com León Trotsky, um dos líderes da Revolução Russa que estava exilado no México nesta época.

O casal até chegou a se divorciar uma vez em 1939, mas refizeram a união no ano seguinte e permaneceram casados até a morte de Frida em 1954.

 

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Ativismo político

Uma face proeminente de Kahlo é, sem sombra de dúvidas, o seu ativismo político, despertado desde muito cedo. De fato, era comum a artista dizer que seu ano de nascimento não foi 1907, mas sim 1910, o mesmo da Revolução Mexicana.

Frida Kahlo: vida e obra do ícone mexicano

Quadro “Autorretrato com macacos” (1943) político – Ambra75 via Wikimedia Commons

Outra prova de seu engajamento político veio com a mudança no registro do seu nome, no qual foi retirado o “e” de Frieda como se escrevia na forma alemã original para somente “Frida”. A explicação para este ato se relaciona diretamente ao repúdio de Kahlo com a ideologia nazifascista e as subsequentes violações propagadas pela Alemanha nazista na Europa.

Porém, talvez o mais difundido seja a inclinação de Frida para com a filosofia e movimento comunistas. Desde os 17 anos ela fazia parte da juventude comunista e em 1928 se filiou oficialmente ao Partido Comunista Mexicano, se tornando cada vez mais ativa politicamente nos anos seguintes. Além disso, Frida advogava por outras causas que também lhe eram muito caras como o direito das mulheres.

 

Últimos anos

Em seus últimos anos de vida, a saúde de Frida se deteriorou tanto física quanto psicologicamente. Ela chegou a participar de uma última exposição de suas obras em abril de 1953, mas poucos meses depois foi obrigada a amputar sua perna direita devido aos problemas que sofria. Naturalmente, isso lhe desencadeou um profundo processo de depressão.

Nos meses seguintes, a saúde de Frida transitava por altos e baixos, mas de uma maneira geral a artista já estava muito debilitada e dava sinais de que sua recuperação era pouco provável. Assim, em julho de 1954 Frida Kahlo faleceu devido a complicações de uma pneumonia aos 47 anos.

Frida Kahlo: vida e obra do ícone mexicano

Casa Azul, residência de Frida Kahlo – Rod Waddington via Wikimedia Commons

Apesar da precoce partida e dos vários desafios ao longo da vida, Kahlo soube superar de maneira inspiradora suas adversidades e transformá-las em artes que são apreciadas até os dias atuais. Por isso, definitivamente ela é um ícone que continuará sendo lembrado pelas gerações futuras.

 

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Esperamos que tenham gostado do texto de hoje. Nos vemos em um próximo post!

 

¡Saludos!

Esther Fuentes
Esther Fuentes